Velhos amigos da equipe Carlson Gracie, em Copacabana. Foto: GRACIEMAG
Sábio filósofo que estudou com afinco o poder das amizades, o casca-grossa grego Aristóteles costumava dizer: “Quem se deleita na solidão, ou é uma fera selvagem ou um deus.”
Caso o amigo leitor não seja uma divindade, um bárbaro à solta ou um solitário convicto, você está com a faca e o queijo na mão para desenvolver de uma vez por todas seu Jiu-Jitsu. Para tal, basta olhar para seu amigo ou amiga ao seu lado.
De acordo com tese do pesquisador Dan Buettner, autor da “National Geographic”, a maior ferramenta para atrair saúde invejável e vida longa, tão eficaz quanto a alimentação consciente e o exercício diário, são as boas companhias.
O argumento de Buettner é sólido, e se sustenta numa ideia simples sobre a humanidade: comportamentos são contagiosos.
“Eu argumento que a atitude mais poderosa que você pode fazer para adicionar mais anos saudáveis é organizar sua rede social mais próxima, isto é, seu círculo de amizades”, diz Dan Buettner, em reportagem de Tara Parker-Pope, do “NY Times”. “Em geral, você quer amigos com quem possa ter uma conversa significativa. Alguém para quem você pode ligar num dia ruim, e que vão se importar. Seu grupo de amigos é melhor do que qualquer substância química ou suplemento antienvelhecimento”.
Amizades com interesses em comum trazem uma influência contínua, mais consistente que uma dieta – que pode ser abandonada – ou uma modalidade esportiva – que volta e meia aborrece e cai na estagnação. Já uma boa companhia jamais deixa a peteca cair.
No caso do Jiu-Jitsu, o resultado é similar. Aquele cupincha aficionado pelo treininho vai enviar novos vídeos de defesa pessoal, terá um enfoque técnico sobre certa posição que você não tinha enxergado e, claro, vai puxá-lo no dia em que você não pretendia sair do sofá.
No fim das contas, a lição é a mesma desde os tempos do velho Aristóteles: a vida é muito curta para ficar perto de pessoas negativas, que veem o mundo o tempo todo como um copo meio vazio.
Por fim, um conselho importante do pesquisador americano: três ou cinco amigos do mundo real valem mais do que 50 de amigos distantes das redes virtuais.
Bons treinos, e oss!