Adam Wardzinski conquistou o ouro no Pan 2023 após protagonizar uma reviravolta emblemática sobre Fellipe Andrew na final. Foto: Tyy Withrow/GRACIEMAG
Historiadores da nossa modalidade apontam que o Jiu-Jitsu na Europa ganhou seu impulso mais relevante há exatos 30 anos, com um seminário de Rickson Gracie para 400 pessoas, em Paris.
Um dos inegáveis pioneiros do esporte no Velho Continente começou a treinar um pouco antes, contudo. Remco Pardoel, judoca holandês, começou a treinar logo após perder para Royce no UFC 2, em 1994, e disputou o 1º Mundial da IBJJF, no Rio, em 1996.
De lá para cá, a Europa sempre enviou bons competidores para os torneios da elite, inclusive no feminino, com feras como Ffion Davies, bicampeã mundial nascida no País de Gales.

Trinta anos depois daquele seminário francês, não há dúvidas de que o polonês Adam Wardziński tornou-se o competidor europeu mais relevante e influente da história dos Mundiais de Jiu-Jitsu.
Com o bicampeonato mundial, o bi no Pan, o título brasileiro deste ano e o tri europeu, fora títulos e medalhas de ouro sem kimono, Adam teve uma trajetória impressionante.
Em seu início, treinou com instrutores de diversos países, até conhecer o brasileiro Alan Finfou na faixa-marrom.
Após vencer Leonardo Ferreira por 2 a 0 na final dos pesos pesados, no Mundial 2025 em junho, o lutador da Checkmat deixou sua faixa nos tatames da Pirâmide.
Pode ser o fim de uma trajetória e tanto, marcada por viradas épicas, finalizações criativas e uma guarda ousada e valente. Um toque polonês na arte nipobrasileira, e que vai deixar saudades.